
41 ESCRITA CRIATIVA
- Nunca devíamos ter saído do grupo sem avisar um monitor - disse a Rita em pânico.
- Tens razão onde é que nós tínhamos a cabeça, precipitámo-nos ao ir buscar o livro
sozinhas.
- E agora o que é que fazemos? Achas que devemos pedir ajuda ao senhor do farol?
- Não, ele não ouve nada quando alguém bate à porta, por isso não vale a pena. Eles não
devem ir muito longe porque nós não demorámos muito tempo, por isso acho que os
conseguimos apanhar e como vão sempre a cantar podemos seguir o som.
Dito isto seguimos caminho, mas, para nosso azar
estava vento, então não conseguíamos ouvir nada.
Desanimadas continuámos a andar e, passado
meia hora chegámos a uma área de habitação onde
encontrámos um cão. A Rita que tinha pavor a cães
deu um passo atrás, mas eu que já tinha experiência
com eles, e também não tinha medo, aproximei-
me devagar até que o alcancei; o cão aproximou-se
também, então fiz-lhe uma festa e vi que ele tinha
uma coleira, peguei na chapa e consegui perceber que
aquele cão pertencia à GNR.
- Olha, este cão faz parte da GNR, é um cão de Busca e Salvamento, por isso não te faz
mal, podes vir até aqui - o meu pai faz parte da cinotécnia e por isso eu já tinha estado
junto aos cães e sabia como lidar com eles.
- Tens a certeza que me posso aproximar? - perguntou a Rita ainda pouco convencida.
- Claro que tenho, achas que te ia enganar! - e virando-me para o cão disse: - Tu não
deves estar sozinho, podes-nos levar até ao teu dono.
O cão começou a correr e nós fomos atrás. Quando chegamos ao pé dele, fizemos umas
festas ao cão como agradecimento e pedimos ajuda ao Militar da GNR, para voltarmos
para a colónia. Enquanto nós (as duas raparigas mais procuradas na colónia) estávamos
naquele preciso momento a entrar para o jipe do Militar da GNR, os monitores andavam
com os nervos em franja, porque deram pela nossa falta na chamada que fizeram quando
lá chegaram, e porque a Marta também já os tinha avisado.
Passado pouco tempo já estávamos na colónia, onde levámos um pequeno raspanete
dos monitores e do Militar da GNR que nos ajudou, aos quais explicámos o sucedido
e depois de estar tudo esclarecido e de terem devolvido o livro à Rita (que tinha sido
encontrado por um rapaz), fomos tomar banho e vestimo-nos, a fim de nos aprontarmos
e de nos, juntarmos aos nossos pares para o jantar de gala, onde nos divertimos muito.
No fim fomos para a discoteca. Durante a noite pregámos partidas às outras raparigas da
camarata, pois tínhamos de aproveitar todos os direitos de ser finalistas.