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A mala estava pronta havia alguns dias, com tudo visto e revisto, pois
não me poderia esquecer de nada para a minha odisseia. Já mal
conseguia dormir devido à ansiedade mas, num dos momentos
em que dormia, tive um sonho que nunca mais esqueci. No meu
sonho estava já no Aeroporto de Lisboa e ía entrar no avião
quando um homem muito moreno com roupas coloridas se
aproximou de mim e me segredou ao ouvido:
- “Não regresses sem encontrares o teu tesouro escondido!”
E afastou-se.
Logo de seguida acordei e preparei-me para a minha viagem, sem qualquer preocupação,
até bastante calmo para quem ia fazer uma viagem tão importante.
Cheguei ao Aeroporto de Lisboa pelas 13 horas, um pouco antes da hora marcada.
Começaram a chegar os meus companheiros de aventura com as respetivas famílias.
O nosso grupo era constituído por cinco rapazes, cinco raparigas, a nossa monitora
portuguesa, a nossa enfermeira e o nosso Capitão dos SSGNR.
Depois de muitas fotos, conselhos de última hora e de uma despedida
emotiva dos familiares, lá fomos nós voar até Casablanca, uma terra de
mistérios e emoções inimagináveis.