
23 ESCRITA CRIATIVA
Mais tarde reunimo-nos com todas as crianças da colónia e os seus monitores para
ouvirmos outra vez as regras de segurança. Assim já estaríamos prontos para qualquer
emergência!
O dia passou a correr por causa da grande agitação para arrumarmos as nossas coisas na
camarata, a diversão que passámos durante a tarde na piscina e o primeiro jantar todos
juntos para comemorarmos o início do nosso turno.
Regressei para junto das minhas amigas que também já se tinham despedido dos seus
familiares e decidimos ir explorar um pouco a colónia antes de voltarmos para perto da
monitora.
Ficámos encantadas com os dois
campos onde poderíamos jogar, o
parque com escorregas e baloiços, a
sala de cinema mas, acima de tudo, o
que mais gostámos foram as piscinas
que estavam muito limpinhas e tinham
dois escorregas para brincarmos.
Agora tinha chegado a hora de lavarmos os dentes para irmos descansar nos
nossos beliches, mas havia ainda algumas meninas que tinham
medo do escuro, então a monitora Mónica começou a
procurar debaixo dos beliches para verificar se não
existiriam monstros que nos quisessem assustar.
Eu e as minhas amigas éramos as mais velhas da nossa
camarata e quisemos ajudar a procurar os tais monstros, mas não
encontrámos nada a não ser o peluche da Ritinha perdido debaixo
da sua cama. Assim ficaram todas mais calmas e pudemos
dormir melhor para aproveitarmos bem o dia seguinte que
seria ainda mais emocionante...
Em plena madrugada acordei com o barulho de vozes no corredor. Já havia uma luz a
aparecer na janela porque o sol estava a nascer. As vozes pararam e ouviram-se uns risos
lá fora. À minha frente a Ritinha estava toda tapada com os lençóis e não parava de se
mexer. Uma das gémeas no beliche da direita chamou por mim:
- És a Carolina ou a Catarina? – Sussurrei.
- Sou a Catarina! – Sussurrou – também ouviste?
- Sim! Achas que são monstros? Ela riu-se baixinho e saiu da cama.