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Boletim Informativo nº 44 - SSGNR
Prevenção do Endividamento das Famílias
O Gabinete de Apoio ao Beneficiário (GAB), da Repartição de Prestações Sociais,
tem como objetivo o estudo e análise de casos concretos de beneficiários em
dificuldades, propondo as medidas consideradas adequadas para a resolução dos
seus problemas ou necessidades, contribuindo assim para a melhoria de vida dos
beneficiários.
Ao longo dos quase dois anos e meio de funcionamento do GAB concluímos que
um dos principais problemas, pelo qual os beneficiários recorrem ao Gabinete, está
relacionado com o Endividamento.
Em regra, o Endividamento surge quando as
famílias deixam de ter capacidade para cumprir os
compromissos financeiros que possuem, acabando por
ficar sobreendividadas. Situações como o desemprego,
doença prolongada, divórcio, pensões de alimentos
e investimentos de risco são as principais causas das
situações por endividamento.
Assim, é importante que quando as famílias se vêm
confrontadas com situações que levam à redução do rendimento familiar ou ao
aumento com despesas não previstas, reajustem o orçamento familiar, para evitar
situações de sobre-endividamento, adotando um novo estilo de vida face à nova
realidade em que se encontram.
Idealmente seria que as famílias adotassem desde sempre práticas de poupança,
com o objetivo de precaverem situações não previstas, prevenindo as dificuldades
que possam surgir no orçamento familiar.
Neste sentido, para adotar práticas de poupança familiar
é imprescindível envolver todo o agregado familiar,
incluindo crianças/jovens, incutindo-lhes desde cedo o
princípio da poupança.
O primeiro passo será a definição do orçamento
familiar, sendo necessária a identificação rigorosa dos
rendimentos e despesas que determinem a situação
financeira do agregado familiar. A elaboração de um
quadro que registe todas as despesas e rendimentos é
uma forma simples para que se possa perceber onde
são gastos os rendimentos durante o mês, bem como avaliar os que podem ser
eliminados ou reduzidos e omontante que pode ser colocado numa conta poupança
e/ou para a concretização de um objetivo, por exemplo, uma viagem, sem ter de
recorrer ao crédito.
É essencial não esquecer que existem as despesas fixas e as variáveis. As primeiras
constituem-se como obrigatórias e podem sofrer alterações ao longo do tempo, tais
como a renda/prestação de casa, obrigações financeiras e seguros. Mesmo perante