
Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana
Balanço Social 2017
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Uma outra conclusão que nos merece especial atenção, foi o facto de que,
alguns dos respondentes, num total superior a 20% se terem manifestado,
discordando ou não emitindo opinião, relativamente à sua capacidade para,
em momento de trabalho, se conseguirem concentrarem nas suas
atividades.
Também a este propósito, se encontram previstas no PE 2018-2020, ações
que visam dar uma maior capacidade e tecnicidade aos elementos que se
encontram afetos ao atendimento ao Beneficiário, de forma a que se possa
evitar as constantes chamadas provenientes do exterior e que “caem” nos
gabinetes, perturbando por essa razão a concentração dos trabalhadores.
Com um resultado menos favorável na avaliação dada pelos respondentes,
mas ainda assim positiva (3,69), foi o facto de haver alguns trabalhadores
que, ou acham que o seu trabalho não é reconhecido (seis trabalhadores),
ou não emitiram qualquer opinião (21 trabalhadores), o que pode traduzir
algum descontentamento por parte de um conjunto significativo de
trabalhadores.
O facto de haver algumas respostas em que os trabalhadores não se
pronunciam pode significar que estes não acreditam que a sua opinião
positiva ou negativa tenha qualquer impacto, mas também pelo facto de
aqueles poderem entender que a expressão manifestada possa não ter
qualquer consequência prática. Por outro lado, respostas positivas em
excesso poderá manifestar uma relação positiva entre os trabalhadores com
as suas chefias diretas e mesmo com a direção.
Como estratégia de melhoria, foi definido com o Conselho de Direção, ações
de melhoria que permitem combater as respostas menos positivas,
nomeadamente, através da criação de um banco de ideias que permita a
comunicação entre trabalhadores e chefias/direção.
Neste sentido, os SSGNR defendem a necessidade de existência de uma
política ativa de participação de todos os trabalhadores, independentemente
da sua patente militar e/ou posição hierárquica, sendo certo que, dentro dos
limites e padrões ético-militares, essa boa relação será crítica para que os
SSGNR possam, dia após dia, melhor servirem e ajudarem quem mais
precisa dos seus serviços.
Na verdade, os constrangimentos sentidos pelos trabalhadores devem ser
combatidos através da adoção de estratégias de incentivos que promovam
a sua participação no processo de decisão, através da promoção de
reuniões, onde os trabalhadores possam falar de forma aberta e critica sobre
os processos em que se encontram envolvidos.
Finalmente, achamos que dever-se-á continuar a dar corpo a uma política
verdadeiramente holística e integrada, alocando os efetivos dos SSGNR às
funções para as quais as suas reais competências e características pessoais
mais se adequem, alargando as funções, de forma a aumentar o número de
tarefas e assim evitar as rotinas e adequando as características pessoais dos