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Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana

Plano de Atividades de 2019

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Apesar de todos os cuidados de planeamento e ações atempadas, por parte dos SSGNR, a contratação

desse pessoal tem-se revelado particularmente difícil, pondo em risco a realização de atividades

absolutamente marcantes , designadamente, as colónias infantis.

De um modo geral, as regras do Orçamento de Estado relativas à contratação de serviços também geram

grandes constrangimentos, limitando, em alguns casos, a realização de eventos que consideramos

importantes, penalizando os beneficiários, que não escondem a sua insatisfação, uma vez que todas as

atividades são por eles financiadas, sem qualquer contributo do Orçamento do Estado.

Em termos de gestão do património, considerando a vetustez, a antiguidade da construção, a dimensão

e a dispersão do seu parque imobiliário, os SSGNR são confrontados com um significativo aumento das

pressões orçamentais, uma vez que os custos de manutenção, nomeadamente reparação e manutenção

de elevadores, desentupimentos de canalizações e de fossas, entre outros, são crescentes e de difícil

antecipação.

Também neste âmbito, deve realçar-se a aprovação do

Regulamento Geral de Atribuição de Casas de

Habitação Social

, através da Portaria n.º 167/2017, de 22 maio, permitindo, após mais de 20 anos de

interregno, retomar o processo de atribuição de casas de habitação social e, talvez mais importante ainda,

estabelecer uma nova política de habitação social, cujo sucesso passa, necessariamente, pela reabilitação

do património habitacional devoluto.

A reabilitação das cerca de 340 casas devolutas, mais de metade em Lisboa, é um objetivo estruturante

da política habitacional, permitindo diversificar as funções sociais da habitação, através do seu uso como

residências para estudantes, alojamento de emergência ou habitação partilhada, a par da tradicional

habitação familiar. Trata-se de um investimento de elevado retorno social e económico, ainda mais,

porque, uma vez realizado, tenderá a gerar e a libertar recursos para desenvolver outros projetos, noutras

modalidades de prestação social.

Em 2019, dando continuidade às dinâmicas geradas em 2017 e 2018, no que se refere à diversificação do

uso social da habitação, será dada prioridade à disponibilização de residências para estudantes em Lisboa

e Coimbra.

Para resolver o problema da habitação social familiar, dependente da capacidade de investimento na

reabilitação, os SSGNR propõem-se

iŵpleŵeŶtaƌ o pƌogƌaŵa ͞aƌƌeŶdaŵeŶto Đoŵ pƌojeto de

ƌeaďilitaçĆo͟, pelo Ƌual sĆo atƌiďuídas Đasas devolutas degƌadadas,

ficando o beneficiário arrendatário

com a responsabilidade de realizar a reabilitação interior, de acordo com o projeto e caderno de encargos

estabelecidos pelos SSGNR que, se necessário e possível, também garantem o financiamento através de

empréstimo de mútuo, pelo prazo do contrato de arrendamento, fixado em 10 anos.

A amortização do investimento/empréstimo será efetuada por dedução da prestação no valor da renda

mensal.

Desta forma, tornar-se-á possível desenvolver um amplo projeto de reabilitação e resolver grande parte

da procura de habitação social familiar por parte dos beneficiários.