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Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana

Relatório de Atividades 2017

Página

69

quadro da Administração Pública, mais especificamente na Guarda Nacional Republicana, não existe um

grau elevado de comparabilidade nacional, no entanto, é de relevar a relação de cooperação estratégica

entre a GNR e as congéneres nacionais e estrangeiras. Por isso ao longo dos últimos anos, ocorreram

reuniões com congéneres estrangeiras, onde foi possível partilhar ideias e formas de atuação perante

situações semelhantes, o que permitiu ganhos para ambas as partes.

Relativamente, à ação social complementar é possível fazer uma comparação, com algumas ressalvas, com

os Serviços Sociais do setor público, pois as suas origens são semelhantes e estão relacionadas com a

necessidade de satisfazer situações que não eram abrangidas pelos regimes gerais de proteção social, com

caráter de complementaridade ou substituição, com intuito de conceder benefícios sociais aos Beneficiários

funcionários e agentes da Administração Pública

de forma a suprir lacunas.

Ao analisarmos os princípios gerais da ação social complementar, o artigo 3º do Decreto-Lei n.º 122/2007,

de 27 de abril, que define os princípios gerais da ação social complementar e que se centram na adequação,

e se concretizam em respostas oportunas e eficazes, de forma personalizada, às carências detetadas, de

acordo com as disponibilidades financeiras dos serviços, na não cumulação, que assegura não serem

cumuláveis as prestações de ação social complementar, com outras de idêntica natureza e finalidade, desde

que plenamente garantidas pelos regimes gerais de proteção social, e por último, a responsabilidade do

Estado, que se consubstancia na assunção, por este, do financiamento da ação social complementar, sem

prejuízo do eventual recurso a quotizações de natureza voluntária.

No que diz respeito aos Beneficiários, podem ser todos os trabalhadores que exercem funções públicas,

independentemente da modalidade da relação jurídica de emprego público (nomeação ou contrato), por

período superior a seis meses, segundo o artigo 4º do diploma citado anteriormente. Neste conjunto de

Beneficiários estão também incluídos os aposentados e reformados oriundos dos Serviços da Administração

Pública, assim como o pessoal em situação de mobilidade geral ou especial. Os membros do agregado

familiar dos Beneficiários titulares e dos Beneficiários titulares falecidos são igualmente beneficiários,

conforme determinadas condições fixadas por lei.

Por fim, no que concerne ao financiamento da ação social, este é assegurado, segundo o artigo 5º daquele

diploma, pelas dotações atribuídas através do Orçamento do Estado, do Orçamento da Segurança Social e

dos orçamentos privativos dos serviços e fundos autónomos, sem prejuízo do eventual recurso a

quotizações de natureza voluntária e por receitas permitidas por lei.

A ação social complementar é da responsabilidade:

Dos Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP) no que concerne à generalidade dos

trabalhadores da Administração direta e indireta do Estado

Decreto-Lei n.º 205/2006, de 27 de outubro

;

Dos Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana (SSGNR) no que diz respeito aos militares

e civis pertencentes ao mapa de pessoal da GNR

Decreto-Lei n.º 262/99, de 8 de julho

;