
Serviços Sociais da Guarda Nacional Republicana
Relatório de Atividades 2018
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contudo, nunca ocorrer no fim do ciclo anual de gestão ou depois dos objetivos novos ou
reformulados terem sido prosseguidos.
Assim, e neste prosseguimento, a alteração do objetivo, mereceu, justamente, uma cuidadosa e
exaustiva explicação de parte dos SSGNR, a qual, de forma singela se aproveita estas linhas para
se descrever o porquê de tal pretensão. Na verdade, o elencar de alguns factos permitirá um
melhor entendimento daquela nossa alteração, que, de resto, decorreu dentro do prazo previsto
em SIADAP 1 para que os organismos possam proceder a qualquer alteração e/ou reformulação
de objetivos inscritos nos seus QUAR e/ou Planos de Atividades.
Ora, é sabido que,
cada vez mais, a nível nacional, o mercado de arrendamento está “refém” de
uma política de preços reconhecidamente acima daquilo que é economicamente viável para as
famílias portuguesas, em especial para pessoal afeto ao funcionalismo público com vencimentos
baixos e há muitos anos em estado de “congelamento”
.
Na realidade, o mercado imobiliário nacional de arrendamento, tem vindo a sofrer, em especial,
nestes últimos dois/três anos, um aumento muito substancial, pelo que, rendas de 200 e 300
euros pagas em 2013, 2014, hoje estão em valores na ordem dos 600 a 700 euros, o que torna
o mercado de arrendamento ao alcance apenas de uma elite e não da vulgar classe média.
A triplicação dos preços deveu-se ao
boom
imobiliário dos grandes centros urbanos e, também,
da enorme pressão turística vivida nestes últimos anos.
De acordo com os especialistas há uma tendência para que esta situação ainda se agrave mais
nos próximos dois anos, até que termine o período de transição do
Novo Regime de
Arrendamento Urbano (NRAU)
. Segundo os especialistas, o travão à subida das rendas vigorou
por cinco anos (entre 2012 e 2017) e depois foi estendido por mais três anos, estando em vigor
até 2020.
Na figura seguinte, consegue-se perceber o aumento de preços médios
1
praticados no mercado
de arrendamento entre o ano de 2013 e o de 2017, inclusive.
Figura 7
–
Preços médios de arrendamento entre 2013 e 2017
1
Fonte: APEMIP